sábado, 25 de maio de 2013

 " O escritor e psiquiatra Viktor Frankl costuma perguntar a seus pacientes quando estão sofrendo muitos tormentos grandes e pequenos "Por que não opta pelo suicídio?" É a partir das respostas a esta pergunta que ele encontra, frequentemente, as linhas centrais da psicoterapia a ser usada. Num caso, a pessoa se agarra ao amor pelos filhos; em outro, há um talento para ser usado, e, num terceiro caso, velhas recordações que vale a pena preservar. Costurar estes débeis filamentos de uma vida semidestruída e construir com eles, um padrão firme, com um significado e uma responsabilidade - este é o objetivo e o desafio da logoterapia, versão da moderna análise existencial elaborada pelo próprio Dr. Frankl.   Neste livro, o Dr. Frankl descreve a experiência que o levou à descoberta da logoterapia. Prisioneiro durante longo tempo em campos de concentração, onde seres humanos eram tratados de modo pior do que se fossem animais ele se viu reduzido aos limites entre o ser e o não-ser. O pai, a mãe, o irmão e a esposa de Viktor Frankl morreram em campos de concentração ou em crematórios, e exceto sua irmã, toda sua família morreu nos campos de concentração. Como foi que ele - tendo perdido tudo o que era seu, com todos os seus valores destruídos, sofrendo de fome, do frio e da brutalidade, esperando a cada momento a sua exterminação final - conseguiu encarar a vida como algo que valia a pena preservar?   Um psiquiatra que passou pessoalmente por tamanha experiência certamente tem algo a dizer. Ele - mais que ninguém - pode ser capaz de ver a nossa condição humana com sabedoria e compaixão. As palavras do Dr. Frankl têm um acento profundamente honesto, porque estão baseadas em experiências tão profundas que impedem qualquer distorção. O que ele tem a dizer ganha em prestígio devido à sua atual posição na Faculdade de Medicina da Universidade de Viena e por causa do renome das clínicas logoterapêuticas que hoje estão funcionando em muitos países, segundo o padrão da famosa Policlínica Neurológica de Viktor Frankl em Viena.   É impossível evitar a comparação entre os enfoques terapêutico e teórico de Frankl e o trabalho do seu predecessor, Sigmund Freud. Os dois se preocuparam basicamente com a natureza e a cura das neuroses. Freud encontra a raiz destas desordens angustiantes na ansiedade causada por motivos inconscientes e conflitantes. Frankl distingue várias formas de neurose e atribui algumas delas (as neuroses orgânicas) à incapacidade de encontrar um significado e um sentido de responsabilidade em sua existência. Freud acentua as frustrações da vida sexual; Frankl, a frustração do desejo de sentido e significado" Victor E. Frankl- Um Psicólogo  No Campo de Concentração

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