É assim que as coisas acontecem: os grande ensinam, os pequenos aprendem. As crianças nada sabem sobre o mundo. Também, pudera! Nunca estiveram aqui. Tudo é novidade. Alberto Caeiro tem um poema sobre o olhar (dele), que ele diz ser igual ao de uma criança:
O meu olhar é nítido como um girassol. (..) E o que vejo a cada momento É aquilo que nunca antes eu tinha visto, E eu sei dar por isso muito bem Sei ter o pasmo essencial Que tem uma criança se, ao nascer,
Reparasse que nascera deveras Sinto-me nascido a cada momento Para a eterna novidade do mundo.
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